sexta-feira, junho 30, 2006

Como dói essa tal verdade

Por que será que nos sentimos tão ofendidos quando vem à tona um comentário como o do jogador francês Tierry Henry, que disse que ele tinha que ir à escola das 7h às 17h e só depois poderia jogar futebol se sua mãe deixasse, enquanto o brasileiro não vai à escola para jogar futebol das 8h às 18h.
Certa vez um jornal europeu (francês, se não me engano) publicou que o Brasil era um país de excelente futebol, luxuoso carnaval e belíssimas prostitutas. Foi aquele alvoroço. Indignação geral do povo brasileiro. Não sei o por quê.
Tudo o que o Brasil mostra é isso: mulher, futebol e samba. Somos conhecidos (até por nós mesmos) assim.
Temos os melhores jogadores de futebol e, salvo raras exceções, saíram de favelas ou comunidades pobres e, como a gente sabe o acesso à educação nessas comunidades é muito difícil. O que resulta no comentário do Henry.
Nosso maior orgulho é o nosso carnaval e não as nossas raríssimas pesquisas como eu gostaria. Não é engraçado, ou trágico, um carnaval tão luxuoso e nossos pesquisadores sem verba. O que a gente vê no carnaval além de pessoas com trajes sumários (quando há trajes)?
Isso, a nossa exportação de sexo e o turismo sexual que ocorre tão livremente no nosso país contribuem para a imagem do país de belíssimas prostitutas.
Sempre que vejo a indignação nacional por tais comentários me pergunto: não foi isso que a gente plantou?
A falta de investimento em educação é explícita e ninguém se importa, mas se não houver carnaval é provável que vejamos a revolução brasileira.
Eu sei que às vezes a verdade dói, mas chega de hipocrisia: ou saímos às ruas pedindo educação, saúde e segurança de qualidade (como na maior parte da Europa) ou saímos pra pular carnaval e paramos de nos importar em ser chamados de “país de burros que jogam bola bem” ou “país de prostitutas dançantes”.

quarta-feira, junho 28, 2006

Enganação explícita.

Resolvi postar hoje sobre o jogo do Brasil e sobre algumas impressões discutidas com uns amigos: O João Paulo e o Ricardo, dos blogs ao lado.
E vou começar assim:
Eu gostei do jogo do Brasil. Achei muito bom aquele comecinho e achei natural o time recuar após marcar um gol. Viva! Ronaldo é o maior artilheiro de todas as copas. Sempre fui fã do seu futebol. Acho que joga como poucos. Sempre que alguém diz que ele está gordo eu me lembro do primeiro jogo do Brasil contra a Argentina nas eliminatórias, onde ele, na sua pior forma (foi o dia em que foi muito xingado pela torcida no aeroporto), ganhou o jogo praticamente sozinho.
Não gosto do Adriano, ou melhor, não gosto dos 2 jogando juntos. Prefiro só 1 centroavante. Acho que ele deveria ser reserva do Ronaldo. Mas ontem marcou gol (impedido, ta certo) e perdeu outro, antes, num lance ridículo em que podia ter enfiado um canhão ou tocado a bola antes do Ronaldo ficar impedido. Não vou criticá-lo.
Vamos falar da imprensa, agora. Antes do jogo você poderia ler em qualquer jornal, site, revista, tablóide ou ouvir nos programas esportivos que Gana não era como a Costa do Marfim ou Camarões. Que o futebol de Gana não é tão ingênuo como o de outras seleções africanas, que eles driblam, mas, são objetivos. Que a defesa deles era excelente. Elogiaram tanto que até acreditei. Achei que o jogo fosse ser 3 X 2 para o Brasil. Resultado: 3 X 0 para o Brasil. E, com toda a imprensa criticando o Brasil por não dar um show num time tão fraco, tão ingênuo, tão isso, tão aquilo.
Acho que se enganaram.
Acho que me enganaram.

(Obs. Hoje vai sem foto, mesmo)

segunda-feira, junho 26, 2006

Regime ou reeducação alimentar?

Na última sexta-feira fui à endocrinologista e como já diz o chavão: “Quem procura acha”.
Estou acima do peso e, em decorrência disso, minha pressão está alta. Resultado: vou ter que fazer regime. Regime não, reeducação alimentar.
Comecei no sábado. Na sexta fui jantar num restaurante alemão (Bier & Bier, avenida Sumaré – muito bom) com a Juliana e o Ricardo (o Pita do blog do Pita).
Comemos três entradas de pão com molho, azeitonas e tomate-seco, chucrute, kassler (pedaços da carne da costela de porco defumados) e tomamos algumas cervejas e chopes. Acredito que tenha sido uma espécie de despedida. Despedida dos exageros, despedida do meu excesso de peso, da minha falta de regras nos finais de semana. Não que eu não vá voltar a comer em restaurantes, churrascadas no interior (com minha família e amigos). Mas agora sei que tenho de me preparar com certa antecedência, para não botar tudo a perder (como diria um amigo – hehehe).
Vai uma dica. No domingo, a Juliana e eu fomos caminhar no Horto Florestal (ou Pq. da Cantareira ou sei lá o que) aqui na Zona Norte. É um lugar muito legal com diversas opções de passeio e esportes. Valeu a pena conferir depois de 2 anos ensaiando pra conhecer.
Só para manter a tradição estou postando uma coleção de fotos das antigas: na foto menor está o meu primo Milton com meu Avô (no centro da foto) e os irmãos do meu avô (essa foto é de mil-novecentos-e-guaraná-de-rolha). Acima: eu, Marcelo e Marcos (1983). Abaixo: Marcelo, eu e Marcos (por volta de 1990).

domingo, junho 25, 2006

Assuntos diversos

Esse é o primeiro post que eu faço da minha quase velha casa. Falo isso porque em breve vou me mudar. Primeiramente, gostaria de deixar a comunidade da minha banda no orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1343859
Se você está no Orkut, entra aí.
Vou falar um pouco da Copa do Mundo, também. Dos times que estão se classificando até agora, só a Alemanha foi bem. Argentina e Inglaterra, apesar de terem conseguido a classificação, não foram muito bem. Tomaram sufoco e perderam a preferência da torcida. Tremendo fiasco.
Espero que o Parreira entre com o time ofensivo e só com um centroavante, pra gente não repetir as más atuações dos 2 primeiros jogos.
Segue aí mais uma foto: eu, no meio, e meus irmãos Marcelo (camisa azul) e Marcos (camisa branca), no dia do meu casamento.

sexta-feira, junho 23, 2006

A volta dos que não foram


Conversei ontem com os outros dois fundadores da minha banda: Awkwards?. Sempre ressaltando que é com interrogação, mesmo, e pronuncia-se Al-cuards (ou al quiu ards com o "i" sutil e o primeiro "a" com aquele som de quase "ó").
Bem, deixemos o nome e a pronúncia de lado. O importante é que eu falei com o Guilherme e com o Lucas (são os outros dois fundadores que eu citei acima) e estamos pensando num possível retorno, apesar da gente nunca ter acabado com a banda (explicando o título acima).
A banda estava inativo, é verdade, mas a pretensão é voltar a ensaiar e tocar, agora com mais maturidade e agressividade nas músicas. E, vamos ensaiar em São Paulo, uma vez que nós três moramos aqui, atualmente. O Manzoni, pelas dificuldades geográficas vai ficar de fora, inicialmente. Mas vai tocar com a gente quando ensaiarmos no interior.
A nova (?) formação ficará comigo no vocal, Guilherme na guitarra e Lucas na bateria. Vamos ter de achar um novo baixista. Alguém se candidata à vaga?
(obs. na foto acima eu estou cantando na última rockfest de Sta. Adélia, numa apresentação sem baixista)

Às apresentações


Bom... deixa eu me apresentar. Começar pelo começo.
Meu nome é Mauro, sou casado e trabalho como analista de sistemas. Nasci em São Paulo e cresci no interior, a 400 KM de São Paulo numa cidadezinha chamada Santa Adélia. Atualmente moro em São Paulo, na Zona Norte.
A minha intenção com esse blog é escrever sobre assuntos diversos como música, futebol, amizades, viagens, política e absurdos que a gente vê por aí.
Sou uma pessoa um tanto quanto difícil mas quando faço uma amizade costumo cultivá-la a todo custo.
Vou tentar atualizar sempre que possível o blog... pode ser que eu me esqueça de vez em quando.
De resto é só isso, por enquanto. Nos próximos posts quero falar sobre a Copa do Mundo e sobre a possível volta da minha banda: os Awkwards? (com interrogação, mesmo).
Inté.